Instituição de ensino: |
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) |
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Programa: |
Ciências Sociais |
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Autor: |
Aldo Duran Gil |
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Titulação: |
Doutorado |
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Ano de defesa: |
2003 |
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Link: |
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Resumo: |
Este trabalho analisa o processo de reprodução de crises e instabilidade política no quadro de funcionamento do Estado militar boliviano do período 1971-78. Afasta-se dos tradicionais enfoques sobre o fenômeno da instabilidade política e da problemática militar e propõe uma análise teórica alternativa. Parte-se da discussão de que tal fenômeno político deve ser examinado à luz da relação entre crise política e instabilidade política no quadro de funcionamento reprodutivo do Estado burguês. Detecta-se que as principais causas da instabilidade política no período em foco foram provocadas pela relação entre Estado militar e classes dominantes. Mais especificamente, demonstra a tese segundo a qual as principais causas da instabilidade política foram desencadeadas por três crises devastadoras, intimamente relacionadas: a crise de hegemonia, a crise de acumulação de capital e a crise de sucessão militar-governamental. A primeira se relaciona com a crise de hegemonia vacilante do capital monopolista americano no país. A segunda se relaciona com o processo de acumulação de capital pautado pela prática de extração de mais-valia e sobrelucros imediatos pelas classes dominantes, viabilizado por uma política de desnacionalização da economia boliviana a longo prazo e que, no período, adotou a forma de um processo de transferência acelerada de capital público ao setor privado. E a terceira se relaciona com a condensação das crises internas da instituição castrense, que contribuíram com o agravamento da crise institucional, patenteada na figura do golpe de Estado. As principais crises e contradições políticas no período foram agravadas pelo impacto desestabilizador destas três crises que provocaram instabilidade política permanente. Assim, tanto o funcionamento do Estado militar como o processo de acumulação estiveram sobredeterminados pela deflagração dessas crises, configurando-se esse Estado como um Estado militar-de-crise e como um Estado potencialmente desestabilizador. Nesse contexto, o agravamento da crise de legitimidade do governo ditatorial do período seria uma conseqüência do desencadeamento dessas crises |
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Orientador: |
Caio Navarro de Toledo |
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Palavras-chave: |
Militarismo; Crise economica - Bolivia |
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