Instituição de ensino:

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Programa:

Ciências Sociais

Autor:

Alberto Luiz Teixeira Silva

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2003

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Resumo:

 A Amazônia deixou de ser apenas uma questão regional e nacional, tornando decisivamente uma questão global. Envolta nas contradições do capitalismo global, tornou-se alvo de interesses e pressões externas, notadamente pelos recursos estratégicos e vitais que dispõe para a segurança planetária. A destuição das florestas, a morte de Chico Mendes e a causa indígena - nos fins da década de 1980; moldaram a Amazônia sob as lentes do mundo desenvolvido, como reserva biológica a ser preservada. A emergência de problemas ambientais globais, com implicações para a sustentação da vida e da biosfera (perda de biodiversidade, aquecimento global, depleção da camada de ozônio); serviram de background para alimentar as preocupações com a importância e destino das florestas tropicais. Uma "agenda verde" demandada pelos países do sul tensiona a sustentabilide da Amazônia, projetando-a num patamar mais abrangente, na arena da cooperação internacional. O Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil - PPG-7, surge como caso emblemático de inserção da Amazônia num esforço de governança global, processo esse orientado por uma multiplicidade de atores, coalizões e estratégias. Neste sentido, oriundo das lutas socioambientalistas no plano da sociedade civil brasileira e dos movimentos transnacionais, o PPG-7 foi um componente importante de redefinição das políticas ambientais no Brasil, alargando a esfera pública e contribuindo para a germinação de uma sociedade civil global conectada por networks na Amazônia. A construção de uma governança policêntrica e democrática - eis o desafio para uma Amazônia sustentável no século XXI.

Orientador:

Leila da Costa Ferreira

Palavras-chave:

Desenvolvimento sustentavel; Globalização; Mudanças globais do meio ambiente; Cooperação internacional; Terceiro setor; Governança