Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
|
Programa: |
Relações Internacionais |
|
Autor: |
Grazielle Furtado Alves da Costa |
|
Titulação: |
Doutorado |
|
Ano de defesa: |
2008 |
|
Link: |
|
|
Resumo: |
A tese discute a atuação das organizações de mulheres pela paz na Colômbia, no contexto de ampliação da segurança internacional. A partir do final da Guerra Fria, os estudos de segurança internacional questionam o monopólio do Estado como sujeito de segurança. Nesse contexto, a dimensão de gênero é um dos principais pilares do conceito de segurança internacional ampliado no pós Guerra Fria. A Resolução 1325/2000 do Conselho de Segurança da ONU reconhece a ligação entre mulheres, guerra e segurança. A dimensão de gênero da cultura da violência se traduz na criação de fronteiras entre protetores e protegidos. A vulnerabilidade dos protegidos justifica o poder dos protetores, exercido através de capacidades militares e estratégicas. A masculinidade hegemônica se constrói em oposição a uma visão de feminilidade passiva, politicamente alienada e inerentemente ameaçada. Para desafiar esses estereótipos, as instituições internacionais têm destacado a importância de fortalecer as mulheres organizadas no nível local. Esse é o contexto de criação das organizações de mulheres colombianas, chamadas “Ruta Pacífica de Mujeres” e “Iniciativa de Mujeres por la Paz”. São redes de organizações de mulheres de diferentes regiões da Colômbia que denunciam os impactos do conflito armado na vida das mulheres. A tese discute se e como as ações e os discursos políticos dessas organizações rompem com a constituição masculina do poder que justifica a militarização da vida civil em nome da proteção de identidades femininas vulneráveis. |
|
Orientador: |
Nizar Messari |
|
Palavras-chave: |
Gênero; Conflito armado; Sociedade civil; Colômbia |