Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Tereza Cristina Nascimento França |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2007 |
Link: |
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2459 |
Resumo: |
Domício da Gama foi um diplomata que zelou pelos interesses do Brasil de modo muito particular. Guiado por sua própria norma de conduta, entendia que, caso fosse necessário, deveria estragar a sua própria situação em nome dos interesses nacionais. Vigilante e atento a tudo o que interessava ao Brasil, foi, antes de tudo, uma pessoa que optou por não chamar a atenção para si. Seu legado para a inserção internacional do Brasil foi uma visão de um Brasil forte por mérito próprio, e não utilizando o marchar se possível de Rio Branco ou ainda o marchar com de Lauro Müller. Nesta visão altaneira e exigente de um comportamento com densidade nacional, enquanto um bloco de condições fundamentais derivadas e instrumentais, percebe-se o quanto o pensamento de Domício da Gama era diferente dos seus coetâneos, visionário, ao pensar além de sua época. Ao estabelecer a proteção dos interesses nacionais como condição sine qua non para a preservação da identidade nacional em negociações internacionais, ele criou um limite fundamental entre as pretensões dos estados, seus relacionamentos e ingerências internas. Domício da Gama estabeleceu interesses nacionais enquanto paradigmas para a inserção do Estado nas relações internacionais, por não acreditar em amizades coletivas. Ao considerar que o hábito intervencionista norte-americano beirava os limites da descortesia internacional, ele pareceu vislumbrar um cenário que estaria em andamento cem anos depois. |
Orientador: |
Amado Luiz Cervo |
Palavras-chave: |
Política internacional; diplomacia; diplomatas - Brasil |