Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Maria Regina Estevez Martinez |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2007 |
Link: |
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1731 |
Resumo: |
Esta tese procura entender o surgimento e desenvolvimento de empresas globais, que pertencem a cadeias produtivas intensivas em conhecimento tecnológico, num ambiente político-econômico hostil e de instituições enfraquecidas como o da maioria dos países de economia emergente ou de industrialização recente. A questão é abordada tendo como centro a teoria da globalização no âmbito das Relações Internacionais, através do estudo da indústria aeronáutica e da análise do caso da Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, no período que vai de 1994, quando a Embraer é privatizada, a 2004/5. De uma situação quase falimentar em 1993/4, a Embraer passa à posição de terceira maior empresa fabricante de jatos regionais no mundo em 2006. A especialização na fabricação de jatos regionais robustos e econômicos, adequados à realidade brasileira, criou uma cultura engenheira que se somou ao aprendizado inovador das grandes empresas do setor aeronáutico no mundo. A Embraer aproveitou suas vantagens comparativas e agregou a elas as caracterÃsticas necessárias para sua inserção no mercado global. A cultura da empresa, que como estatal priorizava o conhecimento em engenharia, passou a ser dirigida para o mercado, privilegiando os processos de inovação para atendimento ao cliente. Para entender as mudanças na organização, são usados os conceitos de "legados dinâmicos" e "interdependência: o primeiro atende os aspectos organizacionais e, o segundo, à inserção na economia globalizada. A Embraer deve seu crescimento às vantagens domèsticas, que se somam à eficiência administrativa, ao constante investimento na inovação de produtos e processos e à sua capacidade de construir parcerias e alianças estratégicas e de se procurar recursos financeiros fora do âmbito do governo brasileiro. |
Orientador: |
Eduardo Viola |
Palavras-chave: |
globalização; empresas multinacionais; indústria aeronáutica; Embraer; competitividade |