Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

História

Autor:

Kátia Cilene do Couto

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2006

Link:

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/2153/3/tese%20de%20K%C3%A0tia%20Cilene%20do%20Couto.pdf

Resumo:

 Neste trabalho analisamos o impacto da migração de trabalhadores negros originários do Caribe, que se deslocaram para Cuba para trabalhar nas plantações de cana-de-açúcar durante as três primeiras décadas do século XX. Logo após a independência da Espanha (1898), Cuba é alimentada pelo capital norte-americano que investe no país através da reconstrução da indústria açucareira. A dependência econômica da maior das Antilhas em relação aos Estados Unidos coloca em xeque o projeto nacional-burguês pautado em questões raciais que priorizava o branco como expressão maior dos valores ideais para o progresso da Nação. A entrada dos trabalhadores negros antilhanos reacende o debate sobre o ideal de imigrantes que deveriam aportar no país e contrapõe os interesses das companies norte-americanas e da burguesia cubana, criando um impasse entre o crescimento econômico que dependia do capital estrangeiro e a manutenção do projeto nacional criollo que excluía o negro. Vimos que a migração dos trabalhadores antilhanos ao mesmo tempo em que despertou e ativou o racismo da burguesia cubana, favoreceu a transculturação, a conscientização do negro através da relação e participação do trabalhador cubano com as manifestações e associações introduzidas em Cuba por haitianos, jamaicanos e demais imigrantes das outras Antilhas. Esses imigrantes dentro da escala salarial eram os mais explorados, contudo, foram participativos e atuantes, contribuindo com sua cultura e sua visão de mundo para enriquecer o panteon étnico da então jovem República cubana.

Orientador:

Olga Rosa Cabrera Garcia

Palavras-chave:

Cuba; Imigração antilhana; Identidade