Instituição de ensino:

Universidade de São Paulo (USP)

Programa:

Sociologia

Autor:

Juan Cruz Esquivel

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2002

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Resumo:

 A Igreja Católica tem tido, ao longo da história argentina, um protagonismo substantivo no mapa político e cultural da nação. Sua constituição, enquanto uma das principais fontes de legitimidade dos processos políticos em determinados momentos históricos, coloca em relevo sua ativa presença na esfera pública. Este trabalho propõe-se desentranhar as lógicas subjacentes ao comportamento do episcopado argentino a partir do retorno da democracia em 1983, até o fim do segundo governo de Carlos Menem em 1999. Partindo do pressuposto de que a homogeneidad exteriorizada pela instituição eclesiástica traduz-se em uma diversidade de orientações pastorais no seu interior, a apreensão das cosmovisões e dos comportamentos dos prelados no contexto temporal da análise, supõe uma abordagem sistemática e comparativa. A construção de um sistema tipológico e a elaboração de um mapa sobre as origens, a formação e as trajetórias dos bispos, serviram como suporte analítico-interpretativo para aprofundar a pluralidade de perfis episcopais. No entanto, para além de matizes manifestos, foi possível identificar uma reformulação do modus vivendi que caracterizou a articulação da Igreja Católica com o campo político durante uma boa parte da história argentina. O esquema de complementaridade de papéis e funções no contexto de um processo de legitimação recíproca parece ter dado lugar, nos últimos anos, a uma interpelação do poder político a partir de parâmetros institucionais e autônomos. No alvorecer do terceiro milênio, a entidade religiosa estaria transitando por outras veredas, para desenvolver sua estratégia de 'catolização' da sociedade.

Orientador:

José Reginaldo Prandi

Palavras-chave:

Igreja Católica; Argentina; Democracia; Governos Alfonsín e Menem