Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Estudos Comparados sobre as Américas (Ceppac)

Autor:

Ladislao Homar landa Vásquez

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2001

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Resumo:

 Esta é uma discussão sobre a temática etnográfica em terrenos antropológicos, é uma leitura de autores de duas épocas, dos séculos XVI e XX, e uma comparação das formas de tratamento aos informantes em sociedades indígenas da América do Sul, no Brasil e Peru. Nesta monografia apresento a situação da produção etnográfica dos textos de missionários e antropólogos, aos quais estou agregando uma análise da experiência e comentários de um indígena brasileiro a respeito de sua visita ao espaço andino de Bolívia e Peru. O contraste de interesses de antropólogos e missionários com os de um indígena permite observar uma diferenciada distribuição de vozes que se manifestam em seus discursos. Os discursos dos missionários do século XVI subordinaram as palavras dos indígenas porque a ideologia da Igreja queria ordenar o suposto caos do Novo Mundo, e por esta ração organizaram uma hierarquia de vozes, onde posicionaram o pensamento e as vozes européias na primeira ordem; entretanto subordinaram as vozes e a religiosidade dos nativos americanos. No século XX, os antropólogos brasileiros e peruanos apresentaram um discurso amparado na ideologia indigenista tratando de ressaltar as vozes indígenas dentro dos contextos nacionais. Finalmente, retomo a experiência de viagem de um índio Xavante cujo discurso se manifesta na ideologia indianista distanciando-se dos conceitos acadêmicos e flexibilizando a linguagem.

Orientador:

José Jorge de Carvalho

Palavras-chave:

Brasil; Peru; Discursos