Instituição de ensino:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Waldeir Eustáquio dos Santos

Titulação:

Doutor

Ano de defesa:

2017

Link:

http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/RelInternac_SantosWEU_1.pdf

Resumo:

Esta tese é fruto do estudo relacionado à Turquia Moderna ao longo de no Programa de Pós-Graduação da PUC MINAS. A pesquisa intitulada: CAPITALISMO TARDIO E REVOLUCÃO PASSIVA: um estudo da emergência da Turquia Moderna, teve com objetivo geral compreender a formação do Estado e a inserção internacional da Turquia moderna através dos conceitos do Capitalismo Tardio e Revolução Passiva, a pergunta que orienta esta tese é a seguinte: Como compreender a formação do Estado e a ascensão internacional da Turquia moderna através dos conceitos de Capitalismo Tardio e Revolução Passiva? Imaginase que a resposta ou respostas a essa pergunta possui um nível de complexidade que faz refletir vários pontos de consenso e dissenso, entre eles a religião e a nacionalidade. Assim a hipótese a ser trabalhada será: a formação do Estado turco e sua projeção internacional consistiram num processo de Revolução Passiva, sendo que o Islã foi elemento fundamental de coesão para construir uma nova hegemonia no contexto de modernização. Essa trajetória de Revolução Passiva resultou em um modelo de Capitalismo Tardio que levou a uma inserção internacional dependente e desigual. O método histórico-dialético aliado a uma sociologia histórica terá como foco a análise dos conflitos domésticos e internacionais que envolvem a Turquia. Portanto, a Revolução Passiva iniciada nas relações internas da Turquia tendo como elementos a religião, a nacionalidade, a modernização e o secularismo faz com que o país busque alternativas para se afastar do seu passado. Assim ignora-se as vontades da grande massa e promovem mudanças pelo alto. Busca-se apagar o passado Otomano e fugir da ligação regional que provavelmente propiciaria ao país maior base e margem de manobra. Ao saltar o nível da região tem-se uma ligação com países em outro nível de desenvolvimento e as alianças com essas potências são desfavoráveis à Turquia. Essa modalidade de inserção, característica do capitalismo tardio, provoca uma desigualdade nas relações. A tese aqui apresentada atingiu o resultado esperado que era apresentar e compreender como se processou a inserção internacional da Turquia. Os conceitos de revolução passiva e capitalismo tardio explicam a forma de se inserir em termos desigual e geograficamente combinados. Foi possível mostrar que a revolução passiva se concretiza no nível doméstico e internacional, somada ao modelo do capitalismo dependente adotado pelos países do resto. Portanto, a hipótese supracitada foi confirmada e o teste que se buscou fazer da teoria foi positivado, de fato, é possível pensar a junção da revolução passiva e capitalismo tardio para compreender a formação do Estado turco

Orientador:

Otávio Soares Dulci

Palavras-chave:

Revolução passiva, capitalismo tardio, Turquia