Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Thiago Gehre Galvão

Titulação:

Doutor

Ano de defesa:

2011

Link:

http://repositorio.unb.br/handle/10482/22118

Resumo:

A partir de 1830, os contatos entre Simón Bolívar e seus sucessores, na Venezuela, e o Império do Brasil promoveram o gradual entrelaçamento político e diplomático concernente a acertos fronteiriços e comerciais, o que culminou em um modo de vida bilateral por volta de 1940. A baixa profundidade dos contatos internacionais e as flutuações conjunturais internas, no Brasil e na Venezuela, colocaram os dois vizinhos em um curso de “ruptura” por volta da década de 1960. Com o advento da Doutrina Betancourt e a eclosão de uma conjuntura crítica em 1963, com o caso “Anzoátegui”, o ressentimento adormecido, nas duas sociedades e em suas chancelarias, aflorou, levando à suspensão das relações diplomáticas em 1964. O reatamento operado dois anos depois não foi suficiente para afastar o clima de tensão existente nas negociações comerciais no âmbito da ALALC ou em virtude da presença cubana na política regional, o que levou Caracas e Rio de Janeiro a triangularem suas relações com Georgetown, a fim de garantir a paz e a estabilidade no norte da América do Sul. A partir de 1969, o entendimento alvora no horizonte da vizinhança pela vontade de desconstruir as rivalidades ainda persistentes na região e pelo florescimento das forças econômicas. A partir de 1979, duas ondas de adensamento redefiniram e atualizaram os parâmetros das relações bilaterais e deram consistência à parceria. Quando Hugo Chávez surgiu no horizonte brasileiro, em 1998, a aproximação definitiva foi ancorada em uma carteira de projetos infraestruturais e energéticos, amparados por um diálogo de alto nível entre os mandatários que conformaram, entre 2003 e 2006, uma “aliança estratégica”. Não obstante, uma conjunção de forças profundas de pulsão e pressão levou a um retraimento vigilante a partir de 2007 que, ao invés de minar as relações bilaterais, apenas confirmou o sentido da parceria entre Brasil e Venezuela nas relações internacionais.

Orientador:

Antônio Carlos Moraes Lessa

Palavras-chave:

Relações internacionais;Brasil ;Venezuela;América Latina,história