Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Antropologia

Autor:

Sônia Cristina Hamid

Titulação:

Doutor

Ano de defesa:

2012

Link:

http://repositorio.unb.br/handle/10482/11954

Resumo:

Esta tese tem como objeto os processos do reassentamento de um grupo de pouco mais de 100 refugiados palestinos pelo Estado brasileiro a partir do “Programa de Reassentamento Solidário”. Trata-se de um grupo que, em sua maioria, vivia no Iraque, mas que, com a queda de Saddam Hussein devido à intervenção norte-americana, em 2003, e a instauração de conflitos diversos em toda a região, fugiu para a Jordânia, sendo instalados durante quase cinco anos no inóspito campo de refugiados Ruweished. Longe de focar apenas os refugiados palestinos, esta tese analisa os processos e relações mediante os quais o reassentamento foi negociado – desde o campo de refugiados Ruweished até seis meses após a finalização do programa de reassentamento no Brasil – por atores diversos (Estado brasileiro, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, entidades confessionais, organizações e “comunidades” palestinas e libanesas, sociedade civil e os próprios refugiados); assim como as representações que os perpassaram. Através destas análises, esta tese busca apontar tanto as diferentes práticas de governo e produção destes palestinos, no âmbito internacional, nacional e local, como sua agência diante dos regimes de poder em que foram conformados. Considerando que uma idéia central do reassentamento era o alcance da integração à sociedade brasileira, buscou-se focar as tecnologias de produção de “sujeitos integrados” e as formas como os refugiados se apropriaram, criticaram e subverteram o que lhes foi proposto.

Orientador:

Kelly Cristiane da Silva

Palavras-chave:

Refugiados - palestinos; Reassentamento; Integração; Política e humanitarismo