Instituição de ensino:

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Programa:

Filosofia e Ciências

Autor:

Gualtiero Marini

Titulação:

Doutor

Ano de defesa:

2017

Link:

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/322059

Resumo:

A partir do estudo biográfico das vidas de Carlo Cafiero (1846-1892), Andrea Costa (1851- 1910) e Errico Malatesta (1853-1932), procurou-se analisar sua peculiar trajetória militante dentro do ramo italiano da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) de 1871 até 1876, período em que os três atuaram com base em um acordo pessoal e idelógico total. Uma micro-história feita de pensamento e ação, de propaganda e tentatívas insurrecionais, de debates teóricos e prisões, na qual os três protagonistas acabaram desempenhando um papel fundamental tanto no processo organizacional da associação, quanto do ponto de vista da definição ideológica do nascente movimento socialista italiano. As relações com Engels (e Marx) de um lado, e com Bakunin e os internacionalistas suíços do Jura do outro; as duras polêmicas com Giuseppe Mazzini e, ao mesmo tempo, a herança das tradições revolucionárias do Risorgimento; a atividade editorial nos primeiros jornais socialistas da época e atuação clandestina do Comitato Italiano per la Rivoluzione Sociale. São todos elementos que caracterizam a militância internacionalista destas três figuras, as quais conduziram a Federação Italiana da AIT de uma posição simplesmente abstencionista e federalista, a adotar os ideais básicos do anarquismo bakuniniano e, em seguida, a ultrapassa-los através da elaboração do prinicípio “anarco-comunista” e de uma peculiar concepção revolucionária, isto é a “propaganda pelo feito”.

Orientador:

Walquíria Gertrudes Domingues Leão Rego

Palavras-chave:

Associação Internacional dos Trabalhadores; Carlo Cafiero; Andrea Costa; Errico Malatesta