Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Estudos Comparados sobre as Américas (Ceppac) |
Autor: |
Daniel Rodrigues Brasil |
Titulação: |
Doutor |
Ano de defesa: |
2015 |
Link: |
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Resumo: |
Muitas comunidades, incluindo aquelas denominadas como tradicionais, indígenas, subalternas, afrodescendentes, tribais, ou, em vocabulário mais antigo, primitivas, pré-modernas, não civilizadas, bárbaras, e poluídas, em determinados contextos, podem encontrar-se em uma situação em que eu tenho me referido como “underdogs”. “Underdog” referencia comunidades que estão posicionadas a acessar vários níveis de “consciência histórica” no sentido de mobilizar suas lutas contra forças usurpadoras, dominantes, e homogeneizadoras. Essas forças estão baseadas em uma cultura colonial contra a qual essas comunidades resistem. As estratégias de resistência que essas comunidades se utilizam se referem às suas tradições e circunstâncias históricas, assim como a seu reconhecimento da “fluidez histórica”, a qual permite às comunidades a possibilidade de enfrentar, encontrar e reescrever suas próprias histórias. Essa resistência fez com que as comunidades se tornassem resilientes. A pesquisa etnográfica conduzida junto com a comunidade quilombola de Periperi, no Piauí, Brasil; com o bairro de La Marina, em Matanzas, Cuba; e com o povo indígena Hwlitsum, na British Columbia, Canada mostra que essas comunidades não podem se abster de sua situação de “underdog” e dos seus desafios frente a modos de poder local e regionalmente estabelecidos para mitigar seu status de poluídas. Tendo experimentado situações como essa em diversos momentos de suas trajetórias levou essas comunidades a uma condição diferenciada da qual elas não têm conseguido escapar, enquanto encontram novas formas de abraça-la, dentro do mundo “underdog” e que vivem. |
Orientador: |
Stephen Grant Baines |
Palavras-chave: |
Resistência; Comunidades quilombolas; Índios - cultura popular; Tradições culturais |