Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Economia |
Autor: |
Daniel Gersten Reiss |
Titulação: |
Doutor |
Ano de defesa: |
2015 |
Link: |
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Resumo: |
O presente estudo consiste num conjunto de quatro ensaios que contribuem para a avaliação normativa de políticas de internacionalização da moeda, com foco no Brasil. O primeiro ensaio discute a precisão do termo “moeda internacional”, o qual é comumente confundido com diversos conceitos, e destaca a aceitação internacional como sua característica fundamental, a qual chamamos de internacionalidade. O segundo ensaio analisa dados do comércio exterior brasileiro a fim de precisar o quanto o real brasileiro é aceito no mundo como moeda de faturamento. É estabelecido que, ainda que em pequena escala, a moeda brasileira é escolhida voluntariamente para faturar operações de comércio exterior. Ademais, o ensaio apresenta novos dados sobre questões que estão na fronteira das discussões internacionais sobre a escolha de moedas para o faturamento. Registra-se a relação entre a disponibilidade de instrumentos financeiros e a escolha da moeda de faturamento. Registra-se também a escolha de uma moeda não-internacional para o faturamento de produtos primários negociados em mercados internacionais, reforçando a hipótese de existência de poder de barganha na escolha da moeda de faturamento. Registra-se ainda a não coincidência do uso da mesma moeda para faturamento e para pagamento no caso brasileiro. O terceiro ensaio propõe que seja considerada a redistribuição de renda entre residentes como argumento para a adoção de políticas de internacionalização da moeda. No âmbito de países que induzem fortemente o uso da moeda nacional entre seus residentes—principalmente banindo o uso de moedas estrangeiras—a internacionalização da moeda pode minimizar os efeitos de redistribuição de renda entre setores e agentes residentes. Por fim, o ensaio quatro analisa a política de provisão de ordens de pagamento internacionais pelo governo, debruçando-se sobre o caso do Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) entre Argentina e Brasil. Propõe-se que o SML é um método menos custoso de lidar com a restrição de liquidez da moeda local cujo uso é induzido pelo governo. |
Orientador: |
Maurício Barata de Paula Pinto |
Palavras-chave: |
Moeda internacional; Renda - distribuição; Moeda - Brasil; Comércio exterior - Brasil |