Instituição de ensino: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Programa: |
História Social |
Autor: |
Adrianna Cristina Lopes Setemy |
Titulação: |
Doutor |
Ano de defesa: |
2013 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é investigar de que maneira se deu o envolvimento do Itamaraty em atividades de informações no exterior que visavam ao combate a um inimigo internacional comum: o comunismo. Dentro de um amplo recorte temporal (1935-1966), a investigação se divide em duas vertentes: na primeira parte, busca-se compreender o papel atribuído ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) no processo de criação e institucionalização de um órgão federal dedicado exclusivamente a levantar e processar informações em proveito da Presidência da República, enquanto olhos do Estado para fora de suas fronteiras. Na segunda parte do trabalho, analisa-se a troca cotidiana de telegramas entre o Itamaraty e as embaixadas do Brasil em Montevidéu e Buenos Aires que versavam sobre o problema do comunismo, a fim de demonstrar que foi através desta costumeira atividade diplomática que a chancelaria brasileira se constituiu, de maneira velada, em um importante agente de informações do Estado brasileiro no combate ao inimigo comunista, em escala nacional e continental. A partir destas duas vertentes investigativas, pretende-se demonstrar que o tipo de relação estabelecida entre o Itamaraty e o aparato repressivo operado pelo regime militar, durante as décadas de 1960 e 1970, não foi o resultado automático da ruptura institucional simbolizada pelo golpe de 1964, mas parte de um processo histórico mais longo no qual o Itamaraty constituiu-se em mediador das ações coordenadas entre Brasil, Argentina e Uruguai para o combate à infiltração comunista. |
Orientador: |
MARIA PAULA NASCIMENTO ARAUJO |
Palavras-chave: |
diplomacia; comunismo; atividade de informações |