Instituição de ensino: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
Programa: |
Ciência Política |
Autor: |
Marcio André de Oliveira dos Santos |
Titulação: |
Doutor |
Ano de defesa: |
2012 |
Link: |
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4696 |
Resumo: |
Este trabalho discute conjuntos de relações político-institucionais entre movimentos negros e Estado no Brasil e Colômbia de uma perspectiva comparativa entre os anos de 1991 e 2006. Procuro mostrar que ambos os países tem histórias de formação racial que se assemelham e se diferenciam substancialmente. Tais semelhanças e diferenças, como por exemplo, a construção do "mito da democracia racial" e a ideologia da mestiçagem, irão influenciar os modos pelos quais os movimentos negros brasileiros e colombianos tem negociado políticas de superação das desigualdades raciais com o Estado. Argumento que Brasil e Colômbia adotaram "políticas raciais racistas" entre fins do século XIX e as primeiras décadas do século XX, proibindo a entrada de imigrantes negros, asiáticos e árabes e incentivando a entrada de imigrantes europeus. A principal justificativa era de que estes últimos impulsionariam o desenvolvimento econômico, quando na realidade o propósito era o de embranquecer a população existente naquele momento, composta majoritariamente de "negros e mestiços". Após os anos de 1990, a ideia de "políticas raciais" ganha novos contornos, passando a significar políticas públicas de promoção da igualdade racial e de reconhecimento identitário dos afrodescendentes. Neste sentido, as políticas de ação afirmativa passam a ser demandadas pelos movimentos negros de ambos os países como "políticas raciais". |
Orientador: |
João Feres Júnior |
Palavras-chave: |
Brasil; Colômbia; imigrantes; |