Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

Programa:

História

Autor:

Leonor Carolina Baptista Schwartsmann

Titulação:

Doutor

Ano de defesa:

2013

Link:

Não disponível

Resumo:

No final do século XIX e nas décadas iniciais do século XX, um contingente de médicos italianos radicou-se no Rio Grande do Sul, amparados pelas facilidades que a legislação estadual propiciou para o seu exercício profissional. Sua vinda para a América do Sul foi caracterizada por uma mobilidade que incluiu vários países deste continente, e pela constituição de redes sociais de acolhimento, incluídas as redes e as cadeias imigratórias. Nesta tese, a autora tem por objetivo analisar os fatores que ocasionaram a imigração deste grupo de profissionais liberais, a maneira como se integraram na nova sociedade e os aportes que trouxeram para o Estado. São destacadas as características da formação médica na Itália e no Brasil. São discutidas as legislações pertinentes ao exercício profissional, os registros nas instituições públicas e a questão da revalidação do diploma de médicos estrangeiros. Os médicos italianos trouxeram uma série de inovações que ajudaram a modificar a Medicina deste Estado, a qual passava por um momento de reconhecimento e de consolidação de seu campo. Construíram hospitais, casas de saúde, maternidades e enfermarias. Foram introdutores de especialidades como a oftalmologia. Destacaram-se no campo cirúrgico, na obstetrícia e na radiologia, bem como no tratamento de tuberculose e sífilis. Atuaram como representantes de seu grupo étnico em várias oportunidades. Sua presença em Porto Alegre, capital do Estado, alcançou a cifra de 10% do total de médicos nas primeiras duas décadas do século passado.

Orientador:

NUNCIA MARIA SANTORO DE CONSTANTINO

Palavras-chave:

América do Sul; redes e cadeias migratórias; formação médica; Itália; Brasil