Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
História |
Autor: |
Heloísa da Conceição Machado da Silva |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2003 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Esta Tese tem como objetivo analisar o comportamento da política de comércio exterior brasileira em um contexto interno de crise econômico-financeira, limitada capacidade de importação e exportação, industrialização e dependência em relação ao capital estrangeiro. Dessa forma, a tem-se como proposta identificar e avaliar o papel que desempenhou a diplomacia brasileira como instrumento de promoção comercial, relacionando o comportamento da política econômica externa e a expansão dos vínculos e das relações com o projeto desenvolvimentista. Com esse propósito, percorreram-se os caminhos traçados pela política econômica externa nos anos de 1946 a 1979, enfatizando às metas dos respectivos Governos e os meios para alcançá-las. A Tese está dividida em sete capítulos, correspondendo as respectivas fases da política de comércio exterior brasileira no período em exame. No primeiro capítulo, são examinados o malogro do liberalismo do Governo de Eurico Gaspar Dutra, o estabelecimento do controle seletivo de importações e o sistema de câmbio com licença prévia e sua importância como mecanismo de ação do Nacional-desenvolvimentismo. No segundo capítulo, são analisados a injeção de nacionalismo na política econômica externa do segundo Governo Vargas, as dificuldades para as exportações de café, os impasses na exportação de minerais estratégicos, a hipertrofia do Executivo, a tentativa de recuo ao liberalismo de Café Filho e Eugênio Gudin e o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. O terceiro capítulo ressalta os primeiros resultados do Plano de Metas, a luta por melhores preços de café, a Operação Pan-Americana e o ensaio multilateral do comércio exterior brasileiro. No quarto capítulo, examinam-se a gestação do Modelo Substitutivo de Exportações, por meio da Política Externa Independente, os primeiros passos da integração latino-americana, o início do universalismo da política de comércio exterior, a renúncia de Jânio Quadros e o malogro do Governo João Goulart. O quinto capítulo descreve os primórdios do Modelo Substitutivo de Exportações, a tentativa de se proceder a um realismo cambial e o recuo da tendência universal da política de comércio exterior. O sexto capítulo destaca a recuperação da tendência universal da política de comércio exterior brasileira, a implantação do sistema de "minidesvalorizações cambiais" e a concretização do Modelo Substitutivo de Exportações. No sétimo capítulo, destacam-se a maturidade do desenvolvimento, a necessidade de importações supletivas, a consolidação do Modelo Substitutivo de Exportações e a emergência da grave e nociva distorção das contas externas do Brasil. |
Orientador: |
Amado Luiz Cervo |
Palavras-chave: |
Economia política; Industrialização por substituição de importações; Política de comércio exterior; Brasil |