Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Ironildes Bueno da Silva

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2011

Link:

 

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/7875/1/2010_IronildesBuenodaSilva.pdf

Resumo:

 A presente tese aborda o tema da paradiplomacia, particularmente a atuação internacional dos governos estaduais do Brasil e dos Estados Unidos. O estudo está dividido em quatro partes, cada uma dedicada a uma das dimensões a seguir: teórica, histórica, operacional e prescritiva. A primeira parte aprofunda a imersão do estudo da paradiplomacia dentro do debate teórico sobre globalização e, adicionalmente, apresenta uma visão panorâmica da situação atual da paradiplomacia nos países desenvolvidos e em alguns dos mais dinâmicos países emergentes. A segunda desenvolve uma narrativa histórica e comparativa da trajetória do engajamento internacional dos estados brasileiros e americanos. A terceira parte mapea e compara as tendências contemporâneas da paradiplomacia estadual brasileira e americana, através da análise de dados coletados pelo autor via questionário enviado aos governos estaduais do Brasil e dos Estados Unidos (o 2009 Georgetown University/University of Brasília Survey of Brazilian and U.S. States Global Activit). A última parte apresenta as conclusões finais do estudo e, a partir delas, enumera um conjunto de recomendações de políticas públicas atinentes à atuação internacional dos governos estaduais do brasileiros. São quatro os argumentos centrais aqui desenvolvidos. Primeiro: a rigor, a paradiplomacia não é um fenômeno a parte, mas parte de um fenômeno — ou seja, o processo mais amplo da globalização. Segundo: a dependência em relação ao caminho seguido (path dependence), somado a outros fatores, fizeram com que, ao final da trajetória, governos estaduais do Brasil e dos Estados Unidos apresentassem um ativismo internacional expressivo, porém fortemente diferenciado em termos de infraestrutura institucional. Terceiro: a principal semelhança entre os mapas das tendências contemporâneas da paradiplomacia estadual brasileira e americana diz respeito ao seu quadro de ecletismo com prevalência da área econômica. Quarto, as principais diferenças entre as tendências contemporâneas da paradiplomacia estadual brasileira e americana consistem em um conjunto de quatro elementos, aqui reunidos sobre o acrônimo fator HVTC — usado para referir-se respectivamente aos distintos níveis de cooperação horizontal (H), cooperação vertical (V), transparência/accontability (T) e, finalmente, continuidade (C).

Orientador:

Eduardo Viola

Palavras-chave:

Paradiplomacia; Brasil; EUA