Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Augusto César Batista de Castro |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2011 |
Link: |
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/10485/1/2011_AugustoCesarBatistaCastro_Parcial.pdf |
Resumo: |
O presente trabalho é um estudo de caso sobre o minilateralismo do G7 ao G20, no período que vai de 1989 a 2011, sob o ponto de vista do conceito de ordem internacional. O principal objetivo é explorar a possibilidade de que a afirmação do G20 como principal foro de coordenação econômica mundial, em substituição ao G8, sinaliza a emergência de uma nova ordem econômica internacional. No que concerne especificamente à ordem do pós-Guerra Fria, o trabalho busca estabelecer as bases de sua realidade econômica – ao tratar do conceito de globalização – e suas fontes teóricas, por meio da análise dos conceitos de ordem liberal, nacionalismo econômico e governança. O conceito de ordem será analiado à luz da evolução de seu tratamento por diversas correntes da teoria das relações internacionais, com especial ênfase em autores da chamada Escola Inglesa. Em seguida, analisa a atuação do G7 entre 1989 e 1997, período em que o Grupo buscou expandir e aprofundar o caráter liberal da ordem internacional sem, no entanto, promover uma atualização da estrutura institucional a fim de equipá-la para a nova realidade econômica. A crise da Ásia, e de diversos países em desenvolvimento, entre 1997 e 2001, é interpretada como um ponto de inflexão na ordem econômica do período pós-Guerra Fria. Apesar de algumas reformas nas instituições internacionais promovidas pelo G8 a partir de 1998, porém, grandes economias emergentes passam a acumular vultosas reservas, em um processo de crescentes desequilíbrios macroeconômicos entre países que coloca a ordem econômica internacional sob forte tensão e contribui para a crise de 2007/8. Após a crise de 2007/8, o G20 se consolida como principal foro de coordenação econômica internacional, após atuar de forma bem sucedida como uma espécie de comitê anti-crise. O desafio passa a ser, assim, a formulação e execução de reformas estruturais de mais longo prazo Com base em todo o material analisado, o trabalho traça dois cenários, a depender do sucesso daquelas reformas estruturais: (i) a configuração de uma ordem internacional pluralista e fragmentada; ou (ii) a reedição do “embedded liberalism” dos anos 1950 e 1960. |
Orientador: |
Eduardo Jose Viola |
Palavras-chave: |
Grupo dos Vinte (G-20); Relações econômicas internacionais; Globalização; Finanças internacionais |