Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Abelardo da Costa Arantes Júnior

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2011

Link:

 http://repositorio.unb.br/handle/10482/9491

Resumo:

 A presente tese tem por objetivo demonstrar que a transição na Europa Oriental, de 1989 a 1991, foi conduzida pela elite neo-estalinista, como maneira de preservar seus privilégios, em uma situação de crise terminal, ainda que ao preço de repartir o poder político, de mudar radicalmente a organização do Estado e de subordinar-se à hegemonia das potências ocidentais, que eram os adversários da véspera. Procurou mostrar também que a atitude da elite da Europa Oriental teve raízes na contra-revolução conduzida por Stalin, que suprimiu o partido leninista, destruiu a oposição de esquerda que tinha Trotsky á sua frente, colocou o poder nas mãos da nova burocracia soviética e impediu a construção do socialismo. Como expressão de sua política conservadora, Stalin tentou impedir a revolução socialista em terceiros países e procurou a composição com as potências dominantes, que, no entanto, em razão de seus projetos hegemônicos conduziram a Guerra Fria contra a União Soviética. Em resposta, Stalin estendeu seu regime à Europa Oriental, que diante da persistência dos problemas econômicos e da recusa de Gorbachev de defender o sistema, terminou por juntar-se à sociedade liberal do Ocidente. Por fim, a presente tese examina o impacto da evolução dos regimes estalinista e neo-estalinistas, bem como de seu desaparecimento, sobre as relações internacionais.

Orientador:

José Flávio Sombra Saraiva

Palavras-chave:

Democracia; Europa Oriental; Ex-países comunistas; Crises