Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Pablo Silva Cesario |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2010 |
Link: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/8601 |
Resumo: |
A partir da constatação do crescimento dos fluxos internacionais de investimento estrangeiro direto (IED) na década de 1990 em diante e de sua concentração em um pequeno número de países, a investigação buscou avaliar a importância de fatores políticos na alocação do investimento estrangeiro entre os países. Para isso foi elaborado um modelo para explicar a distribuição do IED no mundo tendo como base também econômicos, geográficos e culturais. O modelo assume que a interação estratégica entre empresas e governos cria um mercado concorrencial de oportunidades de investimento. A hipótese testada é que os principais determinantes do IED são as instituições políticas, políticas públicas e regras que permitem a emergência de relações típicas de mercado. Essas ideias foram cristalizadas no conceito de infraestrutura política de mercados e na hipótese de sua predominância na alocação do IED ao redor do mundo. Por ele, as empresas que investem em locais com melhor infraestrutura de mercado tendem a ser mais bem sucedidas porque encontram um ambiente de negócios mais favorável. Por outro lado, as localidades devem buscar construir as condições mais adequadas por meio de reformas e políticas públicas específicas. A construção do fator político foi orientada pelas recomendações da OCDE, que visam operacionalizar o Consenso de Monterrey, e por uma ampla revisão bibliográfica. Tendo como ponto de partida um conjunto de 102 variáveis e 132 países, foram criados subfatores e fatores, que ao fim foram resumidos em apenas duas medidas, a infraestrutura política de mercado tradicional e a contemporânea. O fator político foi testado em 6 (seis) cenários que confirmaram a hipótese de predominância da infraestrutura política de mercado em sua versão mais severa, segundo a qual a influência do fator político sobre o IED é maior que a soma da influência dos fatores econômicos, geográficos e culturais. A discussão das implicações técnicas e teóricas dos resultados aponta a incompletude das teorias neoclássicas e de competitividade e a necessidade de revisão das recomendações de políticas públicas voltadas para países em desenvolvimento. |
Orientador: |
Carlos Roberto Pio da Costa Filho |
Palavras-chave: |
Investimento estrangeiro direto; Economia política internacional |