Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Marcelo Mello Valença

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2010

Link:

http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/16533/16533_1.PDF

Resumo:

 A tese questiona a marginalização da violência pela literatura dos Estudos de Segurança, o que promoveu o afastamento do campo da dimensão política. Os movimentos de alargamento e aprofundamento tornaram a discussão teórica de Segurança mais rica, mas, ao deixarem de problematizar a violência, levaram à ruptura da relação produtiva entre teoria e prática que norteava os estudos da disciplina desde a sua origem. Desta forma, temas complexos como as novas guerras explicitam a ausência do debate conceitual sobre violência na literatura de Segurança, ocasionando uma carência explicativa para o entendimento desse elemento. Esta tese evidencia que nas novas guerras a violência deixa de ser um meio para se tornar um fim em si mesmo. Ela mostra que os atores envolvidos no conflito armado optam por perpetuar a violência porque esta proporciona ganhos que não são possíveis em tempos de paz. Como alternativa para suprimir essa lacuna explicativa da Segurança, sugere-se que o diálogo da Escola de Copenhague com os Estudos para a Paz, especialmente do processo de securitização com a tipologia da violência, devolve o instrumento conceitual - o próprio conceito de violência - aos Estudos de Segurança e restabelece a relação produtiva entre teoria e prática. O caso do cerco a Sarajevo é trazido como ilustração para o problema e a dinâmica que esta tese explicita.

Orientador:

Kai Michael Kenkel

Palavras-chave:

Escola de Copenhague; Novas guerras; Paz; Segurança internacional; Violência