Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Danilo Vergani Machado

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2014

Link:

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/16989/1/2014_DaniloVerganiMachado.pdf

Resumo:

 O aumento da demanda internacional por fontes renováveis, limpas e seguras de energia, tendo em vista a escassez do petróleo e os impactos ambientais decorrentes de sua ampla influência na matriz energética dos países, abriu novas perspectivas para a ação externa brasileira. Com a inauguração da quarta fase do álcool combustível, agora denominado “etanol”, no início do século XXI, o Brasil consolidou uma política doméstica e construiu uma política externa para o etanol. A partir dessa realidade, a presente tese explora a forma como o Estado brasileiro articulou os interesses do setor sucroenergético no âmbito internacional e observa o diálogo entre governo e sociedade civil. Para tanto, a pesquisa utilizou-se de algumas dimensões teóricas que envolvem a temática energética nas relações internacionais: diplomacia, segurança e energia como instrumento de poder. Aliado a esses conceitos, o paradigma do Estado logístico auxiliou a compreensão dos limites explicativos de tais dimensões e na percepção dos objetivos e estratégias do Estado para projetar o etanol brasileiro como uma opção eficiente de diversificação para os recursos energéticos globais. A análise sobre fontes primárias do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores, criado em 2006, permitiu a identificação dos elementos que compuseram a mobilização brasileira para a estruturação de um mercado internacional para os biocombustíveis com base na transformação do etanol em commodity, no aumento das exportações brasileiras de bioenergia e na transferência de tecnologias para produção de biocombustíveis no âmbito da cooperação Sul-Sul. Nesse sentido, a tese aponta para a continuidade do processo de inserção internacional, desempenho modesto para a ampliação das exportações de etanol e para a consolidação dos biocombustíveis no mercado doméstico.

Orientador:

José Flávio Sombra Saraiva

Palavras-chave:

Política externa brasileira; Estado Logístico; Biocombustíveis; Diplomacia; Segurança energética