Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Estudos Comparados sobre as Américas (Ceppac)

Autor:

José Jaime Freitas Macedo

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2008

Link:

 

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1412/1/TESE_2008_JoseJaimeFMacedo.pdf

Resumo:

 Esta tese em forma de ensaio sobre o pensamento social na América Latina e Caribe investiga a relação entre a construção de discursos identitários afirmativos da condição negra e o desenvolvimento de projetos nacionais através da análise do processo de elaboração do discurso produtor da identidade negra e sua relação com a construção de um projeto nacional que contemple esta perspectiva identitária no Caribe anglofrancês e no Brasil, através de um estudo contrastivo, tornando-se um projeto de poder. Na Jamaica trabalho com Marcus Garvey, Claude McKay e C.L.R. James. No Haiti estudo os revolucionários haitianos e o processo de Independência deste País. No Brasil estudo aqueles que considero clássicos para entender esta questão – Nina Rodrigues, Gilberto Freyre, Guerreiro Ramos e Florestan Fernandes – que significam concepções diferentes de explicação do Brasil. Faço um estudo contrastivo, discutindo conceitos que ajudam a entender a identidade étnica, a identidade nacional, a idéia de Projeto Nacional desses países e a noção de insurgência. Outros conceitos importantes são: negritude, mestiçagem, cidadania, nação, inclusão/exclusão, autonomia, concepção de diferenças, Modernidade, Pós-modernidade. Além disso, relaciono-os com o conceito de Outro expresso por Homi Bhabha e pelos Estudos da Subalternidade, que toma o Outro como um sujeito não-europeu que é protagonista da sua história. A Teoria da Pós-colonialidade parte de uma perspectiva que não trabalha com a idéia de outro, mas com a de dialogante. O discurso da Pós-colonialidade reflete-se nas insurgências sendo ele próprio uma das formas de expressão destas insurgências. A Teoria da Pós-colonialidade dialoga com a Escola da Subalternidade, através de Homi Bhabha, além de autores como Edgardo Lander, Fernando Coronil, Alejandro Moreno, Santiago Castro-Gómez, Arturo Escobar e Francisco López Segrera que produzem inúmeras reflexões críticas ao eurocentrismo. Estes dois discursos formam aqui que chamo de Campo Discursivo da Subalternidade/Pós-colonialidade. Também busco subsídios nas leituras pós-modernas de Zigmunt Bauman.

Orientador:

Lúcio Remuzat Rennó

Palavras-chave:

Subalternidade; Pós-colonialidade; Discurso; Identidade étnico-racial; Projeto nacional; Insurgência; Poder