Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Bruno Guerra Carneiro Leão |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2009 |
Link: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/5176 |
Resumo: |
Ao final de 2010, Estados Unidos e China deverão ter-se consolidado como as duas maiores economias do mundo. Além de individualmente indispensáveis para o dinamismo da economia global contemporânea, EUA e China apresentam tal nível de interdependência comercial, financeira e produtiva que há inclusive quem considere apropriado refletir sobre a economia dos dois países como uma só entidade: Chimerica, no neologismo cunhado por Nial Ferguson. Com o peso crescente da China em foros internacionais, uma nova sigla – G2 – foi também introduzida no jargão acadêmico e diplomático para expressar o protagonismo desses países em temas que vão da mudança do clima à governança financeira global. Conhecer as diferentes dimensões do relacionamento econômico sino-americano tornou-se imprescindível para o entendimento das relações internacionais contemporâneas. A importância do tema não escapou à atenção da comunidade científica e é vasta a literatura especializada a ele dedicada. A presente tese insere-se nesse contexto com o objetivo de contribuir para o debate acadêmico ao organizar as informações fundamentais sobre os fluxos de bens e de capitais entre os dois países, assim como ao articular descrição das implicações econômicas do ambiente geopolítico em que operam, de forma a fornecer visão abrangente sobre as relações econômicas bilaterais. No plano analítico, a tese tem por meta avaliar o peso relativo das dinâmicas da geopolítica e da globalização contemporâneas sobre o processo de aumento da interdependência econômica bilateral – reflexão alimentada pelos capítulos descritivos que constituem o seu cerne. A tese está dividida em cinco capítulos: os dois primeiros dedicados, respectivamente, às economias dos EUA e da China; o terceiro, à geopolítica dos dois países e suas implicações econômicas; o quarto, às relações econômicas bilaterais; e o quinto, à análise sobre o peso relativo da geopolítica e da globalização no processo de aumento da interdependência econômica bilateral. A principal conclusão do referido exercício analítico é que processos associados à geopolítica e à globalização devem ser analisados em conjunto para que se possa explicar satisfatoriamente a evolução das relações econômicas bilaterais no início do século XXI. |
Orientador: |
José Flávio Sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
Relações EUA-China; Geopolítica; Política internacional; Relações econômicas internacionais |