Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Thiago Moreira de Souza Rodrigues |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2008 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O tema da guerra é a questão central da área acadêmica das Relações Internacionais, tendo articulado as mais significativas escolas teóricas desse campo: liberalismo e realismo. Essas teorias são apresentadas regularmente como antagonistas, pois os liberais acreditariam na possibilidade de paz e cooperação duradouras nas relações internacionais, ao passo que os realistas apostariam somente em períodos de paz abalados por inevitáveis guerras entre Estados. No entanto; o estudo genealógico das procedências das teorias liberal (a partir da obra de Immanuel Kant) e realista (a partir das reflexões de Thomas Hobbes) evidenciaria a convergência de ambas na defesa do Estado, da ordem civil e da noção de política como paz. De inimigas, as teorias de Relações Internacionais passariam a ser notadas como adversárias, disputando espaços de influência, mas partilhando princípios e intenções políticas. Essa pesquisa pretende, no entanto, experimentar outra perspectiva de análise das relações internacionais exterior ao campo jurídico-político das teorias liberal e realista. Para tanto, procura ativar um estudo da guerra, da política e das relações internacionais; a partir de leituras de Pierre-Joseph Proudhon e Michel Foucault. Esse deslocamento permitiria observar a política não como paz civil, mas como a continuação da guerra por meio das instituições e das relações de poder. Por esse prisma, é possível pensar outra análise das relações internacionais que repara na formação do sistema internacional e nas suas transformações contemporâneas fora do referencial jurídico-político (estatal ou cosmopolita) e sem a pretensão de constituir nova teoria adversária das tradicionais. Ao contrário, esboça-se uma analítica das relações internacionais em aberta batalha ao monopólio das teorias de Relações Internacionais e que problematiza o imperativo de aderir a uma das duas escolas, ensaiando um método libertário de estudo da política internacional interessado nas resistências às autoridades teóricas e à lógica da soberania vinculada aos poderes políticos centralizados. |
Orientador: |
Edson Passetti |
Palavras-chave: |
Guerra; Liberalismo; Realismo; Teoria das relçaões Internacionais |