Instituição de ensino:

Universidade de Brasília (UnB)

Programa:

Estudos Comparados sobre as Américas (Ceppac)

Autor:

Carlos Henrique Romão de Siqueira

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2007

Link:

 

http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/5632/1/2007-Carlos%20Henrique%20Rom%C3%A3o%20de%20Siqueira.pdf

Resumo:

 Neste trabalho discuto a formação, o desenvolvimento e os usos de um vocabulário político acerca do significado da escravidão e da raça na textualização da nação produzida por autores do Sul dos Estados Unidos e do Brasil. O que busco é compreender e analisar a forma como tais temas foram narrados no interior dos textos que tentavam definir, prescrever e fixar propostas de identidade, assim como encaixar a instituição da escravidão e a diferença racial na grande-narrativa nacional. Na primeira parte da tese, parto de uma discussão com Michel Foucault e Giorgio Agamben para argumentar em favor da compreensão da instituição da escravidão colonial como um fenômeno biopolítico e um longo estado de exceção sustentado pelo discurso pastoral moderno. Na segunda parte, identifico a teorização dessa instituição biopolítica e desse estado de exceção escravista na obra de autores do Sul dos Estados Unidos no período antebellum, como Thomas R. Dew, John C. Calhoun , Thornton Stringfellow e George Fitzhugh. Em seguida, analiso a literatura memorial escrita no período postbellum como uma narrativa nostálgica sobre a decadência da civilização sulista e o fim da antiga ordem escravocrata. Por fim, na terceira parte, analiso como a narrativa de Gilberto Freyre sobre a história do Brasil lida com os legados e a memória da escravidão na formação da identidade nacional.

Orientador:

Elizabeth Cancelli

Palavras-chave:

Freyre, Gilberto, 1900-1987; Escravidão - poder; Características nacionais; EUA; Brasil