Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
Programa: |
Administração de Empresas |
Autor: |
Jorge Augusto de Sá Brito e Freitas |
Titulação: |
Doutorado |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=6603@1 |
Resumo: |
O propósito desta tese é identificar, descrever e explicar o processo através do qual fatores culturais, psicológicos, sociais, políticos e administrativos presentes na organização controladora interagem com a controlada brasileira, afetando o conhecimento organizacional desta. O último decênio presenciou o crescente debate sobre a globalização e seus impactos sobre a sociedade mundial, as nações, as organizações e os indivíduos. O enfraquecimento do poder do Estado nacional, principalmente como agente econômico, e a intensificação da competitividade empresarial em escala global foram acompanhados por ondas de fusões e aquisições que impactaram países, como o Brasil, carentes de investimento estrangeiro direto, em diversos setores econômicos, entre os quais o sistema financeiro. Embora correntes do pensamento estratégico, como a perspectiva baseada em recursos (resourcebased) reconheçam a importância do conhecimento organizacional - notadamente de sua dimensão tácita - como vantagem competitiva sustentável, ele tem sido examinado de forma fragmentada, separado da aprendizagem e da mudança, processos a que está indissoluvelmente ligado. Ademais, o processo de conhecer aparece isolado de seu contexto, embora vários fatores precisem ser levados em conta, principalmente quando é necessário examinar suas manifestações em empresas que tenham sido adquiridas por organizações estrangeiras. O estudo teve como foco as áreas de varejo de duas organizações bancárias que foram adquiridas por bancos estrangeiros, um britânico e outro holandês. A metodologia utilizada foi o estudo de caso múltiplo, com abordagem qualitativa, baseado em entrevistas semi-estruturadas com pessoal gerencial de agências de dois bancos, no Rio de Janeiro. As evidências produzidas por essas entrevistas foram complementadas pelas oriundas do exame dos documentos públicos de controladoras e controladas; de registros internos das controladas a que se teve acesso; da observação direta de alguns artefatos culturais nas agências; e por entrevistas com informantes qualificados de funções corporativas das controladas. A análise daí resultante mostra a insuficiência dos modelos teóricos correntes das diversas perspectivas isoladas - gestão de conhecimento; aprendizagem organizacional; organizações de aprendizagem; mudança organizacional; culturas nacionais; cultura organizacional; processo de internacionalização - para dar conta da complexidade do fenômeno do conhecimento organizacional e sugere uma abordagem integrativa com raízes na biologia do conhecimento e no construcionismo social. |
Orientador: |
Sérgio Proença Leitão |
Palavras-chave: |
Conhecimento e aprendizagem; Mudança e Cultura organizacional; Globalização; Fusões e aquisições; Bancos |