Instituição de ensino:

Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ)

Programa:

Ciência Política

Autor:

Vagner Camilo Alves

Titulação:

Doutorado

Ano de defesa:

2005

Link:

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Resumo:

 O envolvimento brasileiro na Segunda Guerra Mundial foi resultado especialmente dos condicionantes próprios ao sistema internacional do período, que forçaram o governo do Brasil para dentro da guerra, como aliado dos Estados Unidos. Esse processo teve fim em agosto de 1942, com a declaração de guerra brasileira à Alemanha e Itália. Curiosamente, a iniciativa de formação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) não partiu do aliado hegemônico. Pelo contrário, ela teve de lidar com o pouco estímulo de decisores importantes do governo dos Estados Unidos, especialmente entre o alto comando militar. A iniciativa foi, portanto, primordialmente brasileira. Pouco menos de dez anos depois, novo empreendimento militar foi debatido no âmbito governamental brasileiro. Pensava-se em formar uma nova FEB para lutar, mais uma vez, ao lado dos norte-americanos. O locus da ação era a península da Coréia, onde norte-americanos e aliados combatiam comunistas da China e Coréia do Norte em conflito que marca os anos iniciais da Guerra Fria. Dessa vez, havia incentivos e até pressões por parte de Washington em prol da idéia. Ao contrário do ocorrido na Segunda Guerra Mundial, entretanto, nenhuma FEB foi construída. Esta tese busca responder esse padrão dissonante de comportamento do governo brasileiro, valendo-se da análise do processo decisório nos dois momentos. A interação dos decisores nacionais principais (diplomatas, militares e presidente) entre si e com seus pares estrangeiros é encarada como explicação principal para o acontecido.

Orientador:

Maria Regina Soares de Lima

Palavras-chave:

Relações Político-Militares; Segunda Guerra Mundial; Brasil