Instituição de ensino:

Instituto Rio Branco (IRBr)

Programa:

Diplomacia

Autor:

Luiz Eduardo Fonseca de Carvalho Gonçalves

Titulação:

Mestrado IRBr

Ano de defesa:

2003

Link:

 Não disponível

Resumo:

 O objetivo deste trabalho e mostrar a atuação do Brasil na Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) desde a proposta de criação desta, em 1947, até o ano de 1964, quando ocorreu rompimento da ordem institucional no Brasil e modificação nas relações com a CEPAL. O enfoque deste trabalho é na participação do Brasil nas conferências da instituição, anuais até 1951 e bianuais a partir de então.

 No texto, esse período é dividido em quatro: o da criação da CEPAL (1947-48), o de sua consolidação (1948-51), o de enfoque crescente na questão da integração regional (1951-0) e o de suposto apogeu de suas atividades (1960-64). Cada um desses períodos corresponde a um capítulo do texto.

 O Brasil mostrou-se favorável em 1947, à criação da CEPAL porque esperava que um foro multilateral regional pudesse ser bom instrumento de divulgação de necessidades de ordem econômica como o reequipamento industrial do país. Logo o Brasil passou a debater no âmbito das conferências da CEPAL temas como industrialização em países subdesenvolvidos e planejamento econômico. De 1951 em diante, os debates voltaram-se cada vez mais para o problema da limitação dos mercados nacionais, a ser superado por processo de integração regional que permitisse a adoção de economias de escala nos diferentes ramos de produção. Em 1960, é assinado o Tratado de Montevidéu, que cria a Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) e não satisfaz a CEPAL em virtude da modéstia de suas metas (zonas de livre comércio, em vez de mercado comum). Na primeira metade da década de 60, surgem instituições multilaterais baseadas no pensamento da CEPAL, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Essas instituições passam a receber maior atenção pelos governos que a própria CEPAL, a qual sofre, ao mesmo tempo, maior distanciamento em relação ao Brasil e virtude da ruptura da ordem democrática no país, em 1964, o que modifica as relações que o país mantinha com a instituição.

Orientador:

Francisco Fernando Monteoliva Doratioto

Palavras-chave:

Brasil; Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL); Economia internacional; Desenvolvimento