Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Gustavo Sénéchal de Goffredo Junior |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2003 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Um dos princípios basilares que orienta historicamente a política externa brasileira e que lhe fornece uma linha de continuidade é o respeito ao direito internacional. O objetivo desta dissertação é explicar como surge e se consolida essa "tradição inventada", na concepção atribuída a esse termo por Eric Hobsbawm e Terence Ranger, analisando-se momentos paradigmáticos de sua afirmação, tais como as negociações fronteiriças do Barão do Rio Branco e a atuação do Brasil na 2ª Conferência da Haia, de 1907. São igualmente analisados alguns discursos diplomáticos recentes, sobretudo no contexto multilateral, que reafirmam a convicção do Brasil, em determinadas issue areas, de se estabelecerem regras claras e isonômicas a todos os atores internacionais, de forma a tentar mitigar os efeitos das assimetrias de recursos de poder. O instrumental teórico utilizado foi a Escola Inglesa de Relações Internacionais, cuja característica principal é a análise dos elementos societais da política internacional em detrimento das explicações sistêmicas de cunho eminentemente realista. São detectadas três tradições na política internacional, segundo Martin Wight, a saber: o realismo, o idealismo e o racionalismo. Reconhece-se que distintas temáticas de análise da política externa brasileira podem ser interpretadas por uma dessas três tradições. Nesta dissertação, não obstante, o objetivo é colocar em relevo os aspectos racionalistas na ação externa do país, cuja matriz filosófica é o pensamento do holandês Hugo Grotius, para explicar como a defesa das normas, regimes e organismos internacionais passam a formar parte fundamental do patrimônio simbólico da diplomacia brasileira. |
Orientador: |
Everton Vieira Vargas |
Palavras-chave: |
Tradição grotiana; Política externa brasileira |