Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Camila Silva Leão D’Araújo Olsen |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2006 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O Estado pós-colonial, na África, não contém muitos dos elementos constitutivos do conceito weberiano de Estado-Nação e sua especificidade requer a construção de um modelo de “Estado Africano.” No caso de Moçambique, após a independência, a ingerência sul-africana alimentou a guerra-civil e desestabilizou o país, aproximando-o do modelo supracitado. O fim da Guerra Fria permitiu a democratização do país e da vizinha África do Sul. Assim, o Estado de Moçambique está agora em fase de consolidação, mas ainda constitui um Estado fraco e enfrenta fortes obstáculos ao desenvolvimento. A opção da política externa moçambicana pelo regionalismo responde às necessidades de expansão da capacidade produtiva e de prevenção do transborde de conflitos internos em países fronteiriços. Contudo, a implementação dos acordos regionais é constrangida pela observância estrita dos princípios de soberania nacional e de não-intervenção pelos países africanos. Em termos bilaterais, a África do Sul domina a economia moçambicana e há convergência na atuação regional de ambos os países. Também prioritária é a relação com agências e países fornecedores de ajuda oficial ao desenvolvimento , dentre eles, a ex-metrópole, Portugal. Por fim, as parcerias estratégicas de Moçambique com países emergentes fora do continente africano são apenas incipientes, mas com tendência ao aprofundamento. |
Orientador: |
José Flávio Sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
Moçambique; Pós-Guerra Fria |