Instituição de ensino:

Instituto Rio Branco (IRBr)

Programa:

Diplomacia

Autor:

Felipe Antunes de Oliveira

Titulação:

Mestrado IRBr

Ano de defesa:

2011

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Resumo:

 O primeiro governo de Carlos Menem (1989-1995) foi marcado pelas profundas reformas econômicas e pela mudança drástica e explicita na orientação da política exterior. Seguindo as diretrizes definidas por Carlos Escudé como Realismo Periférico, a Argentina afastou-se da política exterior que caracterizara os governos peronistas anteriores e procurou estabelecer um estrito alinhamento aos Estados Unidos. Levando em conta a intensidade e a velocidade da reformulação da estratégia de inserção internacinonal da Argentina na primeira metade da década de 1990, a presente dissertação procura estabelecer as origens intelectuais e sociais do Realismo Periférico, bem como os alegados objetivos e os desafios percebidos pelos formuladores e executores da política exterior argentina no período em questão. Para tanto, é analisado o contexto internacional do período imediatamente posterior ao fim da Guerra Fria, com especial atenção à expansão da hegemonia estadunidense sobre a América Latina e à reestruturação do capitalismo global, relacionada às transformações nos processos produtivos, à afirmação do neoliberalismo e à crise dos diferentes modelos desenvolvimentistas que foram adotados em diversas partes do mundo na segunda metade do século XX. A evolução política e econômica da Argentina é apresentada como forma de oferecer subsídios para a compreensão da tradicional estratégia de inserção internacional adotada pelo país quando Perón assume a presidência pela primeira vez, em 1946. Finalmente, são expostos os pressupostos teóricos do Realismo Periférico, de modo a relacioná-los ao modelo econômico que foi adotado na Argentina no mesmo período. Procura-se, assim, entender a política exterior do primeiro governo Menem como parte de um amplo movimento de mudança, motivado por fatores econômicos e políticos internos, e vinculado a uma conjuntura internacional específica.

Orientador:

Bernardo Kocher

Palavras-chave:

Argentina; Economia Política Inernacional; Reformas neoliberais; Realismo periférico