Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Martin Normann Kampf |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2011 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Realizada em um contexto internacional marcado pelo paradigma imperialista, dominante ao final do século XIX, a ocupação da Ilha da Trindade pela Inglaterra não foi um simples incidente diplomático. A grande repercussão interna abalou a estabilidade do primeiro governo civil da jovem República brasileira, condicionando sua atuação no contencioso. Por outro lado, na Inglaterra, grupos econômicos com interesses conflitantes impediam postura monolítica do governo britânico, que precisava justificar suas ações para o Parlamento e a opinião pública. Esta Dissertação analisa de forma abrangente a ocupação da Ilha da Trindade, identificando fatores estruturais, conjunturais e pessoais que motivaram o contencioso anglo-brasileiro e que influenciaram a dinâmica das negociações e o seu desfecho favorável ao Brasil. É demonstrado que a suscetibilidade a pressões domésticas, tanto no lado britânico quanto no lado brasileiro, foi um fator que pautou as ações e a postura dos governos, dificultando, assim, a convergência para a solução pacífica da controvérsia. Desse modo, verifica-se que foi necessário o envolvimento direto de um terceiro país para que fosse possível viabilizar um desfecho positivo para ambos os lados. Por fim, são identificadas eventuais influências e desdobramentos da questão da Ilha da Trindade na condução da política externa brasileira nas primeiras décadas da República. |
Orientador: |
Francisco Fernando Monteoliva Doratioto |
Palavras-chave: |
Ilha da Trindade; Primeira República; Política Exterior do Brasil; Arbitramento; Mediação; Bons Ofícios; Imperialismo; Brasil; Inglaterra; Portugal |