Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Durval Cardoso de Carvalho Junior |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2006 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
A Seção de Negócios Estrangeiros do terceiro Conselho de Estado auxiliou na formulação da política e no desempenho das relações exteriores no Brasil durante o Segundo Reinado. Os Conselheiros foram homens de Estado que, por sua formação e por seu posicionamento dentro da administração nacional, exerceram papel tanto político, quanto intelectual no cumprimento de suas funções. Graças a suas prerrogativas legais, e tendo em vista os interesses nacionais, ajudaram o Imperador dom Pedro II, chefe do Executivo, a Chancelaria brasileira e as legações no exterior a desenvolverem política externa voltada para o progresso econômico, a autonomia decisória e a determinação das fronteiras. Entre 1842 e 1852, obraram importantes câmbios nos padrões vigentes em temas ligados ao comércio, à economia, à política e à sociedade brasileira. Obstaram a renovação dos tratados comerciais com as potências européias; resistiram à pressão da Inglaterra, negociando a questão do tráfico de escravos; acompanharam as políticas internas dos países do estuário do Prata; e formularam doutrina para delimitar as fronteiras. A ação da Seção de Negócios Estrangeiros ajudou o Brasil a inaugurar política comercial que favorecesse o equilíbrio fiscal e a indústria interna, redirecionando o animus contraendi brasileiro para as nações americanas; a incentivar a busca por alternativas de mão-de-obra para a agricultura; a concertar ação uniforme e coesa no Prata de fortalecimento dos interesses brasileiros na região, e a determinar o princípio uti possidetis, como base das negociações das fronteiras nacionais. Desta forma, logrou-se continuidade na discussão e na consecução dos interesses nacionais em período de instabilidade financeira e de fragilidade política interna. |
Orientador: |
Francisco Fernando Monteoliva Doratioto |
Palavras-chave: |
Política externa brasileira; Brasil Império |