Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Luís Felipe Pereira de Carvalho |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O propósito do trabalho é estudar o estilo negociador do Barão do Rio Branco como formador do território Nacional e como modelo paradigmático da diplomacia brasileira, tendo como objetivo o tratado de Petrópolis de 1903. O trabalho está dividido em três partes, sendo o primeiro capítulo descrição histórica das insurreições acreanas, o segundo uma breve biografia do Barão do Rio Branco e o terceiro uma análise contextualizada das negociações do Tratado de Petrópolis. Buscando uma análise histórica baseada na visão de Rio Branco, o trabalho busca vislumbrar as nuances da política externa, ficada na questão do Acre, no período anterior a sua ascensão ao Ministério dos negócios estrangeiros em 1902, no Governo de Rodrigues Alves. Para tanto, ocupa-se da contextualização da questão acreana em um primeiro momento, buscando ali a origem do sentimento de nacionalismo que imperava no Brasil quando da chegada de Rio Branco, e também investigando as origens do conflito na condução da política de fronteiras do império, muito particularmente no tratado de Ayacucho de 1867, e nas posteriores tentativas de demarcação da fronteira no período republicano, em que se ignorou patentemente a presença de brasileiros na região que se julgava boliviana. Como se pretende ver a questão acreana sobretudo como uma questão social, há descrição alongada sobre os fatos que se desenrolaram no Acre, para demonstrar os fatores que ali operavam: os patrões, os seringueiros, os bolivianos, o governo do Amazonas e a própria natureza do local. A vida de Rio Branco é explorada como elemento formador de seu estilo negociador. Desde sua vida pessoal e familiar à sua carreira como político, cônsul e diplomata, com ênfase em seus estudos históricos e geográficos. A idéia principal era compreender a formação ideológica de Rio Branco, e traçar as linhas que guiavam sua conduta em sua vida diplomática. As negociações do tratado de Petrópolis são usadas como termômetro das sensibilidades políticas das figuras envolvidas, dando-se destaque à cisma entre Rui Barbosa e o Rio Branco, ambos plenipotenciários brasileiros nas conversações. Essa polêmica é explorada para se comparar essas duas grandes inteligências em conflito, e entender, por fim, o que diferenciava Rio Branco como maior estadista de seu tempo. |
Orientador: |
Carlos Henrique Cardim |
Palavras-chave: |
Rio Branco, barão do; Tratado de Petrópolis; Limites; Território |