Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Frank Almeida de Souza |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo analisar as políticas internacionais elaboradas a partir do início dos anos 1982 para o tratamento da dívida externa dos países de baixa renda e o papel desempenhado pelo Brasil na qualidade de credor de vários desses países. As hipóteses que se procura demonstrar são: que as políticas internacionais de tratamento da dívida externa dos países em tela foram marcadas, na maior parte do tempo, pela coordenação dos países credores e passividade e imobilismo dos países devedores; e que a interação do Brasil com essas políticas obedeceu aos interesses políticos e econômicos do país , significando distanciamento em certos momentos e aproximação em outros, tendo prevalecido a aproximação. A dissertação é dividida em três capítulos. No primeiro capítulo, são discutidos os fatores que explicam o crescimentos espetacular da dívida externa dos países de baixa renda. No capítulo seguinte, são analisadas as políticas internacionais elaboradas pelos países desenvolvidos a fim de lidar com o problema do endividamento insustentável dos países pobres. Ressalta-se a coordenação de comunidade credora , reunida no Clube de Paris e em sintonia com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, em torno da elaboração de regras a serem impostas aos devedores, a despeito da diversidade de pontos de vista e de interesses. Por fim, no terceiro capítulo, analisa-se o envolvimento do Brasil com as políticas internacionais, sendo o Brasil, credor de países que eram objeto das políticas em apreço. Examina-se, nesse capítulo, primeiramente, a origem dos créditos brasileiros e procura-se evidenciar sua relação com o forte estímulo dado pelo Governo brasileiro à expansão das exportações, especialmente nos anos 1970 e , em menor medida, na primeira metade dos anos 1980, para depois proceder-se à avaliação do tratamento dado pelo Brasil a seus devedores , à luz dos mecanismos que a comunidade internacional executava, os quais se traduziram em percentual crescente de alívio da dívida externa dos países de baixa renda. |
Orientador: |
José Flávio Sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
Dívida externa; Brasil; País credor |