Instituição de ensino: |
Instituto Rio Branco (IRBr) |
Programa: |
Diplomacia |
Autor: |
Cícero Tobias de Oliveira Freitas |
Titulação: |
Mestrado IRBr |
Ano de defesa: |
2005 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
A presente dissertação tem por objetivo analisar a participação dos Estados Unidos no processo de paz árabe-israelense sob a luz da teoria da resolução de conflitos. O período escolhido para estudo foi o situado entre a Conferência de Madri, de 1991, e a Conferência de Taba, de 2001. O primeiro capítulo consiste em apresentação geral sobre a teoria da resolução de conflitos. Após o estudo das origens desse campo do conhecimento, sçao examinadas diferentes técnicas de resolução de conflitos, como a negociação, a mediação, a arbitragem e a adjudicação. Segue-se estudo mais detalhado da mediação internacional, organizado de acordo com os elementos que a compõem: as partes, o mediador e o processo de mediação em si. O exame da produção acadêmica sobre o tema leva à conclusão de que não há uma única teoria da mediação internacional. Diferentes autores estudam o assunto a partir de seus próprios pressupostos teóricos e, consequentemente, chegam a diferentes respostas aos debates existentes na área. A evolução histórica do conflito árabe-israelense é o tema do segundo capítulo. O marco inicial da narrativa é o surgimento do Sionismo, no final do século XIX. O movimento pela criação de pátria judia na Palestina contou com forte oposição da população local. A consequencia foi a ruptura do caráter pacífico da convivência entre judeus e árabes no Oriente Médio. Ao longo da Guerra Fria, o conflito árabe-israelense tornou-se palco para a confrontação entre Estados Unidos e União Soviética. Aos poucos, Washington conseguiu reduzir a influência de sua adversária e tornou-se a principal potência extraregional a influenciar os acontecimentos na região. O terceiro capítulo começa com a análise das condições que permitiram a retomada do processo de paz a partir de 1991, data da Conferência de Madri. Nos anos seguintes, houve avanços nas negociações e a superação do conflito árabe-israelense parecia mais próxima do que nunca. No entanto, a paz no Oriente Médio revelou-se frágil. A vitória da direita israelense nas eleições de fevereiro de 2001 em atmosfera de crescente violência marcou o fim do processo iniciado havia quase dez anos. O quarto capítulo analisa a mediação norte-americana, no período de 1991 a 2001, de acordo com o instrumental teórico apresentado no primeiro capítulo. O mediador é caracterizado em função das seguintes variáveis: poder relativo, imparcialidade e nível de interferência na relação entre as partes. Em seguida, avaliam-se as consequências das características do mediador para o processo de paz. |
Orientador: |
Antônio Jorge Ramalho da Rocha |
Palavras-chave: |
EUA; Conflito árabe-israelense; Oriente Médio; Processo de paz |