Instituição de ensino:

Instituto Rio Branco (IRBr)

Programa:

Diplomacia

Autor:

Gabriela Guimarães Gazzinelli

Titulação:

Mestrado IRBr

Ano de defesa:

2009

Link:

 Não disponível

Resumo:

 Nesta dissertação, é examinada a reconceitualização contemporânea do cosmopolitismo. Avança-se a hipótese de que o abandono da perspectiva universalista em favor de formulações localistas decorre da revisão crítica de textos filosóficos realizada pela tradição pós-colonial. O movimento do universal para o local no entendimento do cosmopolitismo manifesta-se precocemente em textos modernistas brasileiros dos anos 1920, que integram importante legado para a tradição crítica que os sucedeu, tendo sido retomados recentemente por Silviano Santiago. Esse cosmopolitismo enraizado brasileiro, nas versões antropofágica de Mário e Oswald de Andrade e cordial de Sérgio Buarque de Holanda, antecipa muitas das principais questões do debate teórico contemporâneo voltado para o cosmopolitismo. Pretende-se, pois, aferir e valorizar a contribuição dos modernistas brasileiros, bem como de seus sucessores, para o entendimento enraizado de cosmopolitismo. Essa discussão desdobrou-se em três capítulos. O primeiro faz uma revisão do legado teórico da tradição filosófica ocidental, de orientação universalista. O segundo tem como objeto a oposição entre a orientação universalista do cosmopolitismo canônico e as versões contemporâneas que aderem a formulações enraizadas localmente, debate esse que é objeto de reflexões interessantes na literatura pós-colonial. No terceiro e último capítulo, identifica-se um cosmopolitismo de matizes brasileiros, de origem modernista, cuja ênfase repousa no enraizamento, na cordialidade e na conversação.

Orientador:

Alexandre Guido Lopes Parola

Palavras-chave:

Cosmopolitismo; Universalismo; Localismo; Antropofagia