Instituição de ensino:

Instituto Rio Branco (IRBr)

Programa:

Diplomacia

Autor:

André Simas Magalhães

Titulação:

Mestrado IRBr

Ano de defesa:

2004

Link:

 Não disponível

Resumo:

 A dissertação procura estudar os setores prioritários para uma política brasileira de atração de investimento direto estrangeiro (IDE) voltada para o aprimoramento das exportações. Após uma síntese da abordagem teórica, que procura mostrar que as exportações mundiais estão atreladas aos fluxos de IDE q que, portanto, os países vencedores na disputa pela atração desse tipo de investimento estão conseguindo alavancar seu papel exportador, partiu-se para a identificação dos setores brasileiros que mais poderiam contribuir para as exportações, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos, caso fossem verificados fluxos de IDE. O método utilizado foi o de analisar a pauta de exportações brasileiras com o objetivo de selecionar setores que (i) envolvem alto conteúdo tecnológico; (ii) são dinâmicos no comércio mundial; e (iii) apresentam no Brasil potencial efetivo de aumento de exportações. Setores que envolvem alta tecnologia podem se beneficiar de fluxos de IDE, geralmente realizados pelas empresas líderes do setor. Novas plantas produtivas podem capacitar fornecedores e empregados a criar o ambiente necessário para o domínio da tecnologia. Nesse caso, o critério é voltado para a melhora qualitativa das exportações. O dinamismo do comércio mundial nos anos recentes foi utilizados para selecionar setores cujos intercâmbios estejam em fase de crescimento e que possuam potencial de aumentar o volume de exportações brasileiras. O terceiro critério adotado foi a participação brasileira nas exportações mundiais. Foram selecionados os setores em que o Brasil exporta relativamente pouco, o que poderia representar potencial ainda não explorado. Em seguida, foram realizados estudos mais detalhados sobre cada um dos setores selecionados, com o objetivo de determinar suas características estruturais mais importantes e identificar oportunidades para a atração de fluxos de IDE voltados para a exportação. A conclusão da dissertação é a de que sete setores poderiam ser objeto de uma política exportadora de atração de fluxos de IDE: químico, farmacêutico, cosméticos, bens de capital, eletrônica de consumo, telequipamentos e instrumentos médicos. Os setores de química, farmacêutica, cosméticos e bens de capital são caracterizados por poucas plantas de maior valor agregado, situadas nos países desenvolvidos, e um maior número de fábricas mais simples distribuídas pelo resto do mundo. O desafio é conseguir que novas etapas produtivas sejam incorporadas ao parque brasileiro. No setor de eletrônica de consumo, já atuam no Brasil as principais transnacionais do setor, que aqui se instalaram atraídas pelo mercado nacional e regional. Novos fluxos de IDE poderiam ser atraídos com o objetivo de consolidar a posição do brasil como abastecedor regional. O setor de telequipamentos está sendo reestruturado, dada a queda significativa de demanda dos últimos anos. Na realocação produtiva mundial, estão sendo priorizadas plantas de baixo custo, e o Brasil pode ser beneficiado com esse movimento. A atração de fluxos de IDE para o setor de instrumentos médicos enfrenta grandes desafios. A produção no Brasil carece de maior emprego de tecnologia, e os principais componentes são importados. O tamanho do mercado nacional, no entanto, pode ser atrativo para que as transnacionais instalem no entanto, pode ser atrativo para que as transacionais instalem no país novas plantas e transformem o Brasil em pri

Orientador:

José Gilberto Scandiucci Filho

Palavras-chave:

Investimento direto estrangeiro; Setores prioritários; Brasil