Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
George Torquato Firmeza |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2004 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O objetivo desta dissertação é a análise das posições negociadoras de uma potência média como o Brasil e de sua capacidade de formação de coalizões em foros multilaterais durante o período 2001-2002. Visa, ainda, a aferir o impacto da dinâmica de integração mercosulina sobre a capacidade de articulação diplomática do Brasil. Inclui, também, uma avaliação da medida em que a eventual legitimidade das posições brasileiras em foros multilaterais teria contribuído para a formação de coalizões negociadoras e para os resultados finais obtidos. Não dispondo de excedentes de poder econômico ou militar, o Brasil depende, para poder exercer sua influência na esfera internacional, de recursos de soft power, conceito utilizado nesta dissertação como a capacidade de atração pela legitimidade de políticas, bem como dos valores e idéias que as embasam. Esta dissertação traz, ademais, um estudo de casos referentes às seguintes conferências internacionais: Québec (abril de 2001); Durban (agosto/setembro de 2001); Doha (novembro de 2001); Monterrey (março de 2002); Madri (maio de 2002); Joanesburgo (agosto/setembro de 2002). Com base nesse estudo de casos, pode-se afirmar que, no governo Cardoso, não se consolidou uma coordenação intra-Mercosul para temas da agenda multilateral, embora a formação da união aduaneira haja contribuído para a aproximação dos países membros em várias áreas. A reduzida ênfase dada a dimensões não-comerciais da integração regional dificultou a coordenação em conferências internacionais. E o discurso da política externa brasileira teve de adaptar-se a cada área temática, buscando legitimar-se pelo recurso à idéia-força do desenvolvimentismo. |
Orientador: |
José Flávio Sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
Multilateralismo; Política externa brasileira; Governo Fernando Henrique |