Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Fabiano Pellin Mielniczuk

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2004

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Resumo:

 O argumento principal da dissertação é que o processo de interação entre Ucrânia e Rússia no pós-URSS dá origem a identidade social de inimigo, a qual é a fonte dos conflitos de interesse entre os dois países. Para sustentar o argumento, propõe-se um modelo teórico com base na importância das idéias para a constituição dos interesses e na crença de que os interesses são determinados pelas identidades. Depois, demonstra-se porque a identidade entre os dois países é de inimigo. A Rússia não admite a independência da Ucrânia, a qual reage denunciando a mentalidade imperial russa. A Rússia aceita o papel atribuído ao manifestar sua pretensão sobre o território ucraniano. Em resposta, a Ucrânia assegura a posse de armas nucleares para se defender de uma possível agressão russa. No final do processo, a identidade de inimigo está construída. A reação dos dois países à expansão da OTAN é utilizada para ilustrar as conseqüências da inimizade. Como as identidades determinam os interesses, as relações entre Estados amigos envolvem interesses comuns, e entre inimigos, interesses divergentes. Assim, a percepção de ameaça é compartilhada entre amigos e, entre inimigos, o amigo de um se torna o inimigo de outro. Por isso a Ucrânia coopera com a OTAN em busca de proteção, enquanto a Rússia não aceita sua expansão. A fim de evitar que os conflitos entre Ucrânia e Rússia representem uma ameaça à segurança da Europa, é necessário que a identidade construída na interação entre eles seja transformada.

Orientador:

Nizar Messari

Palavras-chave:

Construtivismo; Identidade; Rússia; Segurança internacional; Teoria das Relações Internacionais; Ucrânia