Instituição de ensino: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) |
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Programa: |
Relações Internacionais |
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Autor: |
Diana Aguiar Orrico Santos |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2008 |
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Link: |
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Resumo: |
Essa dissertação analisa diversos dilemas enfrentados por ativistas feministas no processo de escolha entre engajar-se ou não em agendas institucionais do sistema ONU. Sobremaneira; esses dilemas gravitam entre arriscar-se a ser cooptado pelos processos aos quais se opõem; possivelmente legitimá-los e/ou contestar e oferecer resistência a esses processos. O caso sobre o qual se centra a análise é o processo Financiamento do Desenvolvimento (FfD) que culminou no Consenso de Monterrey em março de 2002. Apesar das perspectivas (anunciadas) de frustração; muitos MFTs decidiram permanecer engajados no processo até o fim; articulando uma política de engajamento e resistência (chamada por elas de estratégia inside/outside). Essa estratégia visa a participar das discussões oficiais criticamente e; ao mesmo tempo; contestar a invisibilidade de como as questões de gênero estruturam o projeto intelectual e prático do desenvolvimento atual. Para concluir; duas hipóteses de trabalho são levantadas a respeito da decisão de engajamento desses MFTs. Segundo a primeira; essa decisão se dá permeada de lógicas de poder internas aos MFTs que buscam a manutenção dos espaços institucionais duramente conquistados desde a Década da ONU para as Mulheres. A segunda hipótese entende essa decisão – a priori contra-intuitiva – como decorrência de dois fatores: a percepção da ONU como espaço de engajamento imprescindível; e a importância das bandeiras de luta dentro de um processo de longo prazo e não como busca imediatista de resultados. A conclusão aponta para a própria natureza dilemática dessa estratégia. |
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Orientador: |
Nizar Messari |
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Palavras-chave: |
Movimentos Feministas Transnacionais; Gênero; Desenvolvimento |