Instituição de ensino: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
Programa: |
Economia Política Internacional |
Autor: |
Numa Mazat |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2007 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
A presente dissertação de mestrado apresenta uma visão heterodoxa da trajetória econômica contemporânea da URSS e posteriormente, da Rússia. Busca-se, primeiro, estudar as principais características do sistema soviético e as reformas que foram implementadas na URSS até 1975. São detalhados os sinais de esgotamento que o modelo soviético apresentou apesar dessas reformas. Em seguida, analisa-se a Perestroika (reconstrução), que foi a resposta mais radical dada a essa crise. Mostra-se que a pressão de alguns grupos da sociedade soviética para conquistar privilégios e retornar a uma sociedade de classes foi responsável pelo fracasso da Perestroika e pelo fim da URSS. Estuda-se, também, o modelo neoliberal de transição aplicado na Rússia a partir de 1991 e até 1998. Essa estratégia devia transformar o sistema soviético numa economia de mercado moderna e rica. Isso não aconteceu e a Rússia foi vítima de uma verdadeira “dutch disease”, acompanhada de uma degradação considerável da distribuição da renda. Uma nova classe capitalista surgiu e se apropriou da maior parte da riqueza do país. Tudo isso levou a Rússia ao colapso econômico, simbolizado pela crise financeira de 1998. Estuda-se o parêntese heterodoxo do governo Primakov, entre 1998 e 1999, que reergueu a economia. Conclui-se com a era Putin, a partir de 2000, que continua a recuperação econômica da Rússia, porém com métodos diferentes. A dissertação também demonstra que o caminho seguido por Putin, nacionalista e economicamente ortodoxo, contém os germes de problemas futuros. |
Orientador: |
Carlos Aguiar de Medeiros |
Palavras-chave: |
URSS; Perestroika; Conflito Distributivo; Estratégia Neo-liberal; Classe Capitalista; Colapso econômico; Nacionalismo; Rússia |