Instituição de ensino: |
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp) |
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Programa: |
História |
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Autor: |
Lívia de Carvalho Borges |
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Titulação: |
Mestrado |
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Ano de defesa: |
2007 |
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Link: |
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Resumo: |
Considerado a “Era dos Impérios”, o período que abarca os anos de 1875 a 1914 caracterizou-se não apenas pela corrida imperialista dos países europeus em direção à África e à Ásia, mas também pela emergência dos Estados Unidos como um novo pólo de poder no cenário internacional – fato esse que resultou na passagem da hegemonia britânica para a norte-americana com a constituição do Pan-americanismo. Com essa diretriz de política externa, observou-se o crescente interesse da nação do norte pela América Latina, no sentido de ampliar suas áreas de influência, aumentando conseqüentemente seus investimentos. Levando-se em conta a relevância dessa temática, visto ter sido foco de intensos debates na produção intelectual do período, pretendeu-se com esse trabalho analisar a trajetória pessoal do historiador e diplomata pernambucano Manuel de Oliveira Lima (1867-1928) e de seu contemporâneo Joaquim Nabuco (1849-1910), com o fito de verificar suas posições em relação ao Pan-americanismo e, como conseqüência, o papel que a temática e a prática diplomática pan-americana (criticada ou defendida) teve no processo de ruptura entre os dois intelectuais. Sabe-se que, ambos os intelectuais alcançaram posição de destaque no cenário diplomático republicano, tendo se sobressaído Oliveira Lima como um dos principais críticos do Pan-americanismo e da diplomacia brasileira, que se conduzia no sentido de estreitar relações com os Estados Unidos, ao passo em que Joaquim Nabuco caracterizou-se como um dos seus mais importantes defensores e propagandistas. Nesse sentido, na temática do Pan-americanismo parece estar a explicação das causas para o fim de um relacionamento, que começando ainda no regime monárquico chegaria ao fim por volta de 1906, no contexto de realização da Terceira Conferência Internacional Americana, presidida por Joaquim Nabuco, na condição de embaixador brasileiro e da qual Oliveira Lima esteve ausente. Configurando-se como seguidores ou opositores de determinada tradição diplomática revelam, mediante suas posturas e produções intelectuais, algumas facetas das inúmeras tensões presentes no campo diplomático da Primeira República. Partindo-se do princípio de que na condição de atores políticos, executores ou formuladores da política externa nacional, suas idéias representam grupos sociais maiores, a escolha desse objeto justificou-se, permitindo divisar os direcionamentos da política externa nacional no final do século XIX e início do XX, tanto no que toca às relações do Brasil com os Estados Unidos, quanto no que se refere às relações com a América Latina. |
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Orientador: |
Teresa Maria Malatian |
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Palavras-chave: |
Pan-americanismo; Relações exteriores; Diplomacia |