Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Raphaela Serrador de Almeida

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2007

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Resumo:

 Desde a década de 1970, e de forma mais intensa a partir da década de 1990, a literatura produzida no âmbito da disciplina de Relações Internacionais tem conferido visibilidade à questão étnica, especialmente no que tange a estudos na área de Segurança Internacional. À luz desta literatura e partindo de uma abordagem pós-estruturalista/pós-moderna, esta dissertação apresenta uma análise crítica e genealógica da presença do conceito de etnicidade na disciplina de Relações Internacionais. A genealogia busca explicar o presente em termos de seu passado, o que significa historicizar o estado presente do conceito de etnicidade, desnaturalizá-lo, para então explicar as condições que permitiram o surgimento do mesmo no âmbito das Relações Internacionais. Finalmente, argumenta-se que estas condições foram e são determinadas pelo estatismo do discurso político moderno que limita, sobremaneira, as possibilidades de pensar a questão da diferença, percebida como uma força desestabilizadora à ordem interna do Estado e, consequentemente, relegada ao âmbito internacional, anárquico. O conceito de etnicidade, portanto, cumpre um papel fundamental no discurso estatista da disciplina, qual seja, permitir lidar com a questão da diferença e da violência no âmbito doméstico.

Orientador:

Nizar Messari

Palavras-chave:

Etnicidade; Conflitos étnicos; Diferença; Pós-Modernismo