Instituição de ensino:

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Programa:

Relações Internacionais

Autor:

Danielle de Albuquerque Melo Nogueira

Titulação:

Mestrado

Ano de defesa:

2007

Link:

http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=10181@1

Resumo:

 O objetivo deste trabalho é contribuir para a discussão sobre a participação de atores domésticos no processo decisório de política externa brasileira, tendo em vista as possibilidades de ruptura com o padrão centralizador que tem caracterizado nossa diplomacia, a partir da liberalização política e econômica. Nosso objeto de análise é a política externa de Fernando Henrique Cardoso para a integração energética com a Bolívia, na qual procuramos identificar a participação da Petrobras nas negociações para construção do gasoduto que conecta os dois países. Concluímos que, apesar da consolidação daqueles dois fenômenos na gestão Cardoso, permanece uma tendência à centralização do poder decisório no Executivo. Enquanto as posições da Petrobras foram contrárias às das elites burocráticas que lideraram as negociações, os interesses da empresa foram barrados, levando-a a atuar dentro de sua lógica pública, ou seja, privilegiando objetivos políticos e macroeconômicos em detrimento de metas corporativas. Apenas quando suas preferências convergiram com as do Executivo - o que se deu na fase de implementação do gasoduto -, a Petrobras conseguiu acomodá-las no processo negociador, abrindo brecha para que suas estratégias de expansão fossem postas em prática. O instrumental teórico utilizado reúne abordagens de Economia política, teorias liberais de Relações Internacionais e modelos analíticos de processo decisório de política externa.

Orientador:

Letícia de Abreu Pinheiro

Palavras-chave:

Economia política; Gasoduto Brasil-Bolívia; Integração energética sul-americana; Petrobrás; Política externa brasileira