Instituição de ensino: |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
Programa: |
Relações Internacionais |
Autor: |
Flávia Borges Varejão |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2006 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
O esporte, entendido como fenômeno cultural internacional, é comumente associado a um símbolo universal de união e paz entre os povos. Este trabalho, porém, coloca sob foco uma outra dimensão do esporte no mundo: a sua utilização como instrumento político. Os Jogos Olímpicos destacam-se como os maiores e mais prestigiosos eventos esportivos mundiais. Além da enorme abrangência e visibilidade internacional, os Jogos Olímpicos apresentam outras características que permitem que sejam utilizados como uma eficaz ferramenta política nas mãos de governos ao redor do mundo. Dentre estas características do ambiente internacional da fase denominada "Segunda Gerra Fria", somadas ao fato de que as cidades-sedes dos Jogos estavam localizadas respctivamente na União Soviética e Estados Unidos, permitiram que os Jogos Olímpicos deste período fossem utilizados de modo especial como meio de política externa pelos Estados. Com o advento dos boicotes de 1980 e 1984, os maiores boicotes até então ocorridos nos Jogos, permitiu-se que não somente o país sede, ou o país com maior número de vitória se utilizassem politicamente dos Jogos. A ampla visibilidade dos boicotes permitiu que países como o Brasil também utilizassem estes Jogos de modo a beneficiá-lo no ambiente internacional. Esta pesquisa analisa exatamente a instrumentalização feita pelo Brasil dos boicotes aos Jogos Olímpicos ocorridos em Moscou (1980) e em Los Angeles (1984). A decisão do Brasil em não aderir a estes boicotes, ao contrário da idéia de que demonstraria uma não politização do esporte no Brasil, constitui peça fundamental da estratégia encontrada pelo governo brasileiro de também se beneficiar destes Jogos. A questão central deste trabalho está baseada, portanto, na utilização dos boicotes aos Jogos Olímpicos de 1980 e 1984 como instrumento de política cultural exterior do gverno brasileiro. Uma intensa busca realizada em documentos do acervo Itamaraty em Brasília, além dqa investigação na imprensa brasileira deste período permitem chegar a esta conclusão. |
Orientador: |
Hugo Rogelio Suppo |
Palavras-chave: |
Esporte; Boicotes a Jogos Olímpicos; Politica cultural exterior; Brasil |