Instituição de ensino: |
Universidade de Brasília (UnB) |
Programa: |
História |
Autor: |
Carlos Eduardo Vidigal |
Titulação: |
Mestrado |
Ano de defesa: |
2001 |
Link: |
Não disponível |
Resumo: |
As relações bilaterais Brasil-Argentina atingiram, com a eleição de Arturo Frondizi para a presidência da Argentina e com o lançamento da Operação Pan-Americana, por parte do governo de Juscelino Kubitschek, o que foi até então o momento de maior entendimento entre os dois países. O processo de estreitamento das relações bilaterais vincula-se aos projetos de governo de Arturo Frondizi (1958-62) e de Juscelino Kubitschek (1956-61), pautados essencialmente na luta pela industrialização e conhecidos, em ambos os países, por "desenvolvimentismo". No Brasil, as condições favoráveis às relações bilaterais foram mantidas e até intensificadas durante a presidência de Jânio Quadros (janeiro a agosto de 1961) e de João Goulart (1961-64), por meio da Política Externa Independente. O encontro dos presidentes Quadros e Frondizi, em Uruguaiana, no mês de abril de 1961, configurou-se no momento maior do processo, em virtude dos entendimentos alcançados em diversas matérias: o estabelecimento de um sistema de consultas prévias frente aos organismos multilaterais; o incremento do comércio bilateral; a cooperação na área industrial, objetivando a complementação econômica e a integração regional; a cooperação científica, notadamente na área nuclear; um maior intercâmbio cultural; etc. O primeiro "ensaio de integração" entre Brasil e Argentina foi frustrado por uma série de fatores, dentre os quais se destacaram a conjuntura internacional da Guerra Fria, os efeitos provocados na América Latina pela Revolução Cubana, as restrições dos EUA quanto ao projeto de desenvolvimento econômico requeridos pelos países latino-americanos e a deposição de Frondizi, em março de 1962. |
Orientador: |
José Flávio sombra Saraiva |
Palavras-chave: |
Brasil; Argentina; Política externa |